Programa de Assistência para Pais e Filhos
Períodos da vida que atende
País onde foi implementado
Descrição

É uma intervenção para o tratamento do uso de substâncias psicoativas para mulheres em período de gestação e pós-parto. O objetivo é oferecer serviços assistenciais, reduzir o abuso de drogas, viabilizar uma maior estabilidade financeira e de saúde e prevenir consequências psicológicas e de desenvolvimento nas crianças.

O programa tem como base a teoria relacional, a mudança comportamental e a redução de danos, sendo implementado por gestores de caso, ao longo da gestação da mulher ou logo após o parto. São realizadas visitas domiciliares e encaminhamentos a serviços especializados de saúde, habitação, parentalidade e capacitação profissional.

Avaliações de impacto

Estudos de avaliação de impacto evidenciaram que as beneficiárias que passaram mais tempo em acompanhamento junto aos gestores de casos tiveram melhores resultados na redução do consumo de substâncias psicoativas [1]; as pontuações, em média, foram mais baixas do que o esperado para a idade, tanto entre os grupos de intervenção como para o de controle [2].

A intervenção do programa produziu um aumento significativo da abstinência de álcool e drogas por seis meses ou mais, e diminuições significativas no uso durante a gestação e no pós-parto, maior acesso à moradia permanente e uma diminuição significativa no encarceramento [3]. As beneficiárias também relataram maior uso de contraceptivos, resultados positivos na conclusão do tratamento para álcool/droga e maior abstinência de álcool/droga durante a gravidez [4].

Referência bibliográfica

[1] Ernst, C. C., Grant, T. M., Streissguth, A. P., & Samson, P. D. (1999). Intervention with high-risk alcohol and drug-abusing mothers: II. Three-year findings from the Seattle model of paraprofessional advocacy. Journal of Community Psychology, 27(1), 19-38.https://doi.org/10.1002/(SICI)1520-6629(199901)27:13.0.C

[2] Kartin, D., Grant, T. M., Streissguth, A. P., Sampson, P. D., & Ernst, C. C. (2002). Three year development outcomes in children with prenatal alcohol and drug exposure. Pediatric Physical Therapy, 14, 145-153. https://doi.org/10.1002/jcop.10048

[3] Grant, T., Ernst, C. C., Pagaliauan, G., & Streissguth, A. (2003). Post-program follow-up effects of a paraprofessional intervention with high-risk women who abused alcohol and drugs during pregnancy. Journal of Community Psychology, 31(3), 211-222.

[4] Grant, T. M., Ernst, C. C., Streissguth, A., & Stark, K. (2005). Preventing alcohol and drug exposed births in Washington State: Intervention findings from three Parent-Child Assistance Program sites. The American Journal of Drug and Alcohol Abuse, 31, 471-490. https://doi.org/10.1081/ADA-200056813