Efetividade

Promissor

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Promissor

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Descrição

A Entrevista Motivacional (terapia motivacional ou terapia de entrevista motivacional) pode ser descrita como uma abordagem promotora da mudança, indicada para ser utilizada em contexto penitenciário ou de supervisão comunitária com “clientes” involuntários.

Um dos objetivos da Entrevista Motivacional é o de evitar a resistência à mudança pois, quanto mais o recluso resiste, menor a probabilidade de mudar, ficando também mais propenso a desistir da intervenção [1]. Isso porque quando se deparam com indivíduos resistentes à mudança, que negam possuir um problema e a necessidade de mudar qualquer aspecto na sua maneira de ser ou no seu comportamento, as estratégias e programas podem falhar, mesmo nos casos em que os técnicos envolvidos possuem competências de intervenção altamente especializadas e/ou trabalham em formatos de intervenção bem definidos e validados.

País onde foi aplicado
  • Reino Unido
Evidências

Uma análise sistemática identificou 13 estudos publicados e seis resumos de dissertações nos quais a Entrevista Motivacional é avaliada em relação à intervenção com infratores consumidores de substâncias ilícitas, agressores de violência doméstica, condutores alcoolizados e infratores em geral [2]. A prática tem ajudado a aumentar a retenção e o engajamento no tratamento e a melhorar a motivação para a mudança. Porém, nem sempre as mudanças de motivação levam a uma mudança comportamento. As evidências são mistas, em termos do impacto sobre o cometimento de novas infrações (com efeitos positivos para infração em geral, resultados mistos para infração de direção sob efeito do álcool e nenhum efeito sobre a violência doméstica).

A plataforma Crime Reduction Toolkit analisou intervenções de Entrevista Motivacional aplicadas junto a agressores de violência doméstica, partindo de uma revisão sistemática com sete estudos que utilizaram as notificações reportadas pela vítima e medidas oficiais de reincidência. No geral, as evidências sugerem que a abordagem reduziu as taxas de reincidência e incentivou os agressores de violência doméstica a mudarem seu comportamento. No entanto, a revisão baseia-se apenas em um pequeno número de estudos, de modo que mais pesquisas são necessárias para entender as condições em que a intervenção funciona melhor. Os programas com uma abordagem mais empática, em vez de confrontante, parecem ser mais eficazes [3] [4].

Bibliografia

[1] Miller, W. R., Rollnick, S. (2002). Motivational Interviewing: Preparing People for change (2nd Edition). The Guilford Press. https://bluepeteraustralia.files.wordpress.com/2012/12/motivational-int…

[2] McMurran, M. (2009). Motivational interviewing with offenders: A systematic review. Legal and Criminological Psychology, 14(1), 83–100. https://doi.org/10.1348/135532508X278326

[3] Vigurs, C., Schucan-Bird, K., Quy, K. y Gough, D. (2015). A Systematic Review of Motivational Approaches as a Pre-treatment Intervention for Domestic Violence Perpetrator Programmes (What Works: Crime Reduction Systematic Review Series núm. 4). London, England. Social Science Research Unit (SSRU) [UCL-Institute of Education]. https://whatworks.college.police.uk/Research/Systematic_Review_Series/D…

[4] Gleicher, L. y Green, E. (2020). Effective Strategies in Community Supervision: Core Correctional Practices and Motivational Interviewing. Illinois Criminal Justice Information Authority. https://icjia.illinois.gov/researchhub/articles/effective-strategies-in…

Casos avaliados

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