O Policiamento Comunitário é uma filosofia que enfatiza a participação da comunidade nos esforços de prevenção da criminalidade. Entretanto, seu amplo alcance conceitual implica em uma grande heterogeneidade entre as intervenções enquadradas nesta tipologia, bem como na ausência de um modelo lógico claro e de uma estrutura de implementação inequívoca.
As estratégias de policiamento comunitário procuram aumentar os níveis de confiança das comunidades na polícia, entendendo que para a redução da violência são essenciais esforços mútuos e compartilhamento entre estes dois segmentos. Elas se baseiam em três princípios: maior autonomia do policial da rua, participação da comunidade e solução de problemas.
O modelo de policiamento comunitário exige que a hierarquia policial tradicional se achate, de modo a delegar decisões aos policiais de rua que se relacionam com a comunidade, além de pressupor um diálogo mais estreito com as comunidades, especialmente os grupos vulneráveis, durante os processos de tomada de decisão relacionados ao estabelecimento de prioridades e à seleção de formas e linhas de ação.
Este tipo de intervenção muitas vezes envolve múltiplas ações, tais como patrulhamento a pé, programas educacionais nas escolas, boletins informativos e construção de redes de colaboração com as entidades e lideranças comunitárias pela identificação dos problemas e a coprodução de respostas apropriadas.