Famílias Afro-americanas Fortes para Adolescentes

É uma intervenção preventiva para adolescentes afro-americanos que vivem em áreas rurais e que estão em transição para o ensino médio. O objetivo é fortalecer o desenvolvimento de habilidades, a formação de habilidades parentais e o treinamento em interações familiares positivas.

É implementado através de cinco sessões de grupo, apoiadas por DVDs, onde os contadores de histórias abordam conteúdos específicos e um grupo de atores simula uma família, demonstrando cenários comportamentais e interações relacionadas com os objetivos do programa. Cada sessão tem uma hora de trabalho separado com jovens e pais, e uma hora de trabalho conjunto. O conteúdo fornece aos pais habilidades para fomentar a autorregulação dos adolescentes e o desenvolvimento de atitudes negativas em relação ao uso de drogas e outros comportamentos de risco. Um módulo sobre saúde sexual está incluído.

Avaliações de impacto

Estudos de avaliação de impacto evidenciaram que o programa contribuiu para o fortalecimento das habilidades parentais por meio do desenvolvimento de habilidades de comunicação e uso da disciplina de forma consciente e efetiva, na melhora das relações entre pais e filhos, no maior envolvimento dos pais na vida de seus filhos [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8], e na redução dos sintomas depressivos entre os cuidadores participantes do programa [9].

Foram observadas melhoras significativas na redução do comportamento de risco juvenil, como o consumo de álcool [1] [2] [3] [5] [7] [9] [10] [11] e de outras drogas [11], de atividades sexuais precoces ou desprotegidas [1] [2] [3] [4] [5] [9]. Além disso, os adolescentes participantes do programa apresentaram melhoras na socialização racial, na resiliência juvenil [2] [3] nas competências intrapessoais [9], na redução da depressão juvenil [5] e nos processos de autorregulação e autocontrole [11] [12], atenuando significativamente a associação entre baixo autocontrole na infância e os resultados socioeconômicos na idade adulta jovem. Ou seja, os participantes apresentaram uma renda de emprego maior e menor probabilidade de viver em situação de pobreza em comparação com os jovens do grupo controle, que não receberam a intervenção [12].

Referência bibliográfica

[1] Brody, G. H., Murry, V. M., Gerrard, M., Gibbons, F. X., Molgaard, V., McNair, L., Brown, A. C., Wills, T. A., Spoth, R. L., Luo, Z., Chen, Y.-f., & Neubaum-Carlan, E. (2004). The Strong African American Families Program: Translating research into prevention programming. Child Development, 75(3), 900–917. https://doi.org/10.1111/j.1467-8624.2004.00713.x

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[5] Brody, G. H., Chen, Y., Kogan, S. M., Yu, T., Molgaard, V. K., DiClemente, R. J. & Wingood, G. M. (2012). Family-centered program deters substance use, conduct problems, and depressive symptoms in black adolescents. Pediatrics, 129(1), 108–115. https://doi.org/10.1542/peds.2011-0623.

[6] Murry, V. M., McNair, L. D., Myers, S. S., Chen, E., & Brody, G. H. (2014). Intervention induced changes in perceptions of parenting and risk opportunities among rural African American. Journal of Child and Family Studies, 23(2), 422-436. https://doi.org/10.1007/s10826-013-9714-5

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[11] Kogan, S. M., Bae, D., Lei, M.-K., & Brody, G. H. (2019). Family-centered alcohol use prevention for African American adolescents: A randomized clinical trial. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 87(12), 1085–1092. https://doi.org/10.1037/ccp0000448

[12] Brody, G. H., Yu, T., Miller, G. E., & Chen, E. (2020). A family‐centered prevention ameliorates the associations of low self‐control during childhood with employment income and poverty status in young African American adults. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 61(4), 425–435. https://doi.org/10.1111/jcpp.13139

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