Tomada de Decisão Estruturada
Descrição

É um sistema de gestão de caso implementado conjuntamente com o acompanhamento de serviços de proteção à infância. O objetivo é explorar os pontos fortes e atender às necessidades das crianças em situação de risco que foram afastadas de suas famílias e reduzir a exposição das mesmas a maus-tratos.

O sistema consiste na implementação de procedimentos objetivos para aprimorar as intervenções de cuidado à criança, como a identificação daqueles que estão em alto risco, referenciando suas famílias aos serviços socioassistenciais.

O programa propões que a tomada de decisão adequada seja alcançada através dos seguintes componentes:
1) avaliação das necessidades/dados básicos sobre o caso (análise da demanda);
2) definição das intervenções imediatas adequadas;
3) avaliação de risco para futuros envolvimentos com o conselho tutelar;
4) planejamento do tratamento individualizado e eficaz;
5) medição do progresso e atualização dos planos de tratamento a medida que se aproxima o término da intervenção;
6) avaliação sobre o retorno da criança à família;
7) acompanhamento periódico baseado no nível de risco; esforços para o alcance da equidade na implementação dos serviços.

Avaliações de impacto

Avaliações de impacto evidenciaram que as crianças do grupo de tratamento tinham taxas mais altas de permanência com suas famílias e um efeito modesto na prevenção de maus tratos. Entretanto, não houve diferenças entre os grupos nas taxas de reentrada no sistema de acolhimento institucional após o retorno à família [1] [2] [3] [4].

Referência bibliográfica

[1] Johnson, K. & Wagner, D. (2005). Evaluation of Michigan's Foster Care Case Management System. Research on Social Work Practice, 15(5), 372–380. https://doi.org/10.1177/1049731505276312

[2] Van der Put, C. E., Hermanns, J., van Rijn-van Gelderen, L. & Sondeijker, F. (2016). Detection of unsafety in families with parental and/or child developmental problems at the start of family support. BMC Psychiatry, 16, 15. https://doi.org/10.1186/s12888-016-0715-y

[3] Baird, C., Wagner, D., Healy, T. y Johnson, K. (1999). Risk Assessment in Child Protective Services: Consensus and Actuarial Model Reliability. Child Welfare, 78(6), 723–748. https://www.jstor.org/stable/45400189?refreqid=excelsior%3A0dfce074fa9b…

[4] Campbell, C. A., Howard, D., Rayford, B. S. y Gordon, D. M. (2015). Fathers Matter: Involving and Engaging Fathers in the Child Welfare System Process. Children and Youth Services Review, 53, 84–91. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2015.03.020