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Policiamento em pontos quentes: iniciativa do BID apoia os primeiros experimentos no Brasil
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Com o apoio do BID, agências policiais e guardas municipais de seis estados realizam experimentos randomizados controlados para avaliar o impacto de intervenções de Policiamento em Pontos Quentes no contexto brasileiro
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Sun, 16/04/2023 - 13:12
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Policiamento de Pontos Quentes_Fortaleza
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Na América Latina e Caribe, assim como no resto do mundo, a criminalidade se encontra altamente concentrado em termos espaciais. Em média, nas cidades da região, 50% dos crimes ocorrem em 2,5% dos segmentos de rua.

Nesse contexto, o Policiamento em Pontos Quentes (Hot Spots Policing”) vem ganhando cada vez maisrelevância como uma possível resposta, por duas razões: i. porque foca justamente no patrulhamento de segmentos de rua com maior concentração criminal; ii. Porque tem se mostrado efetivo para reduzir a incidência de diferentes tipos de crime.

Apesar disso, as experiências e evidências dessa abordagem policial provêm de países anglo-saxões desenvolvidos, enquanto que, na América Latina e Caribe, elas se limitam a alguns poucos casos, como ArgentinaColômbia e Uruguai.

Com o intuito de ampliar a base de evidências na região, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), lançou, em 2022, um edital dirigido a Guardas Municipais (GMs) e Polícias Militares (PMs) brasileiras que tivessem interesse em adaptar, aplicar e avaliar estratégias de policiamiento em pontos quentes em seus estados e municípios. O Objetivo é produzir estudos que possam responder se esse tipo de programa efetivamente funciona no país, para que tipos de crimes e sob quais condições.

Dentre as mais de 20 PMs e GMs que manifestaram interesse, sete foram selecionadas para participação: As PM de Paraná, Minas Gerais e Ceará e as GMs de Niterói-RJ, Canoas, Florianópolis e Fortaleza. Todas elas participaram de um curso do Centro de Policiamento Baseado em Evidências, do Reino Unido.

Mediante parceria com o Centro de Ciência Aplicada à Segurança Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV/CCAS), deu-se início ao apoio às organizações selecionadas que apresentavam as melhores condições para estruturar intervenções e avaliações de impacto.

Em março deste ano, após vários meses de capacitação e análise conjunto, a Secretaria de Segurança Pública e a PM do Paraná conseguiram iniciar aquele que será o primeiro experimento randomizado controlado sobre policiamento em pontos quentes no Brasil. A expectativa é que até o final do ano os primeiros resultados sejam obtidos. Paralelamente, está se avançando com as outras organizações partícipes.

 

Acompanhe a Plataforma de Evidências de Segurança Pública & Justiça para se manter informado(a)sobre o desenvolvimento deste projeto e a divulgação das referidas avaliações de impacto.

 

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