Uma avaliação de impacto evidenciou que o programa provocou um aumento de 50% na intenção dos alunos do 7º ano em usar cigarros e de 38% nas chances de aceitar maconha, em comparação com aqueles que não participaram do programa. O estudo encontrou um pequeno efeito positivo na avaliação dos estudantes na sua experiência escolar, embora sem significância estatística [1].
Os alunos do 5º ano apresentaram uma leve redução nas habilidades de tomar decisões, em comparação com o grupo de tratamento. O estudo indica que o programa produziu efeitos colaterais, piorando a intenção dos estudantes em consumirem drogas. É altamente recomendável que a implantação em grande escala seja repensada, sendo muito importante a realização de novos experimentos para qualificar as evidências [1].
Um segundo estudo de avaliação de impacto não encontrou nenhuma evidência de efetividade do programa, indicando sua ineficácia enquanto um programa universal para atrasar ou reduzir o consumo de qualquer droga após nove meses [2].
Além disso, foi encontrado um efeito negativo no subgrupo específico dos alunos do 7º ano, que já consumiam álcool em excesso e receberam a intervenção. Neste caso, observou-se que estes estudantes estavam associados a uma probabilidade significativamente maior de manter este comportamento em comparação com o grupo de controle [2].
O primeiro estudo teve um delineamento experimental realizado em 30 escolas públicas da cidade de São Paulo, envolvendo 1.727 estudantes do 5º ano e 2.303 estudantes do 7º ano do ensino fundamental, separados entre o grupo que recebeu as 10 sessões do Proerd e outro grupo com as mesmas características que serviu como grupo de controle, que não participou do programa [1]. O segundo experimento contou com uma amostra de 4030 estudantes de 30 escolas públicas do estado de São Paulo (1727 do 5º ano e 2303 do 7º ano) [2].