Intervenção Cognitivo-Comportamental com Crianças e Adolescentes

As intervenções do tipo cognitivo-comportamental consistem, essencialmente, em uma abordagem centrada em problemas, que buscam ajudar as pessoas a identificarem e mudarem crenças, pensamentos e padrões disfuncionais que contribuem para a incidência de comportamentos problemáticos (antissociais, de risco e delitivos) em crianças e adolescentes.

Intervenção Familiar na Conduta Delitiva de Adolescentes Infratores

Este tipo de intervenção inclui programas de terapia familiar sistêmica destinados a desenvolver habilidades em cuidadores (pais, mães ou outros responsáveis) de adolescentes que se envolveram em crimes. A terapia tem por objetivo incentivar os responsáveis a adotar atitudes mais pró-ativas e a monitorar e supervisionar os adolescentes, com vistas a fazer com que o fortalecimento das relações familiares conduza a mudanças positivas na rotina e no comportamento desses jovens.

Programas Educacionais de Resistência às Drogas

Os programas educacionais de resistência ao abuso de drogas (Drug Abuse Resistance Education - D.A.R.E., na sigla em inglês) correspondem a um tipo de intervenção orientada à prevenção do consumo de substâncias psicoativas, que tem como público-alvo crianças e adolescentes em idade escolar. Originalmente concebido pela Polícia de Los Angeles (EUA), em 1983, esse tipo de programa busca alertar estes jovens acerca dos riscos associados ao uso de drogas e das práticas violentas. O D.A.R.E.

Programas de Parentalidade para Prevenir a Violência Intrafamiliar

Os programas de parentalidade abrangem diferentes iniciativas que visam reduzir a incidência de violência intrafamiliar, incluindo maus-tratos, negligência e/ou abuso infantil, violência de parceiro íntimo e violência doméstica em geral. Para este fim, tais intervenções articulam componentes que visam promover relações familiares saudáveis e reforçar os perfis familiares protetores.

Psicoeducação

A psicoeducação é o processo de fornecer informação e educação às pessoas que recebem serviços de saúde mental e é uma das principais estratégias de intervenção da terapia cognitivo-comportamental. O objetivo da psicoeducação é fornecer informações para corrigir interpretações e informações errôneas que as pessoas possam ter sobre a sua condição de saúde mental e o seu tratamento, de modo a reduzir o constrangimento e a ansiedade, ao mesmo tempo em que aumenta o envolvimento das pessoas com a intervenção [1].

Justiça Procedimental (Tribunais)

"Justiça procedimental" é um conceito que busca ressaltar a relevância da qualidade do tratamento despendido pelos servidores públicos em geral, e em especial por aqueles que detém autoridade para uso da força. Ademais enfatiza a relevância dos elementos procedimentais e das relações desenvolvidas entre os cidadãos e as autoridades para a qualidade da decisão e para a percepção de legitimidade das instituições perante os olhos da cidadania, em geral, e daqueles que se tornam parte de processos legais, em particular.

Redirecionamento de Infratores com Problemas de Saúde Mental

Os programas de redirecionamento por saúde mental buscam suspender o procedimento persecutório de pessoas inimputáveis ou semi-imputáveis, em troca de sua participação em programas específicos que, apesar de perseguir a responsabilização desses indivíduos pelos seus atos, buscam reduzir o contato de pessoas com distúrbios mentais com o sistema de justiça criminal, com o objetivo de impedir o agravamento da trajetória de delitos de pessoas nestas situações.

Redirecionamento de Infratores por Consumo de Drogas Pesadas

Os programas de reabilitação por consumo de drogas são iniciativas de redirecionamento baseadas em intervenções comunitárias que visam redirecionar infratores que usam drogas de Classe A (crack, ecstasy, heroína, LSD) do sistema de justiça criminal, suspendendo o procedimento persecutório, em troca da participação (voluntária ou mandatada) destes indivíduos em programas de tratamento do uso abusivo de substâncias.