A dissuasão focalizada procura mudar o comportamento dos infratores por meio da compreensão das dinâmicas subjacentes que produzem o crime e das condições que sustentam os problemas criminais recorrentes e a implementação de uma estratégia combinada e focalizada de ações de aplicação da lei, mobilização comunitária e serviços sociais. Estas estratégias também são conhecidas como "Puxando as Alavancas" ("Pulling Levers", em inglês").

Os programas de "Desligadores da Violência" utilizam metodologias e estratégias de saúde pública aplicadas à contenção e reversão de epidemias para atuar de forma preventiva em situações de violência, mediante a detecção e interrupção dos conflitos e incidentes.

Os "Tribunais Especializados em Violência contra a Mulher" são juizados especiais que atuam em casos de violência doméstica e familiar cometidos contra mulheres. Criados nos Estados Unidos a partir dos anos 1990, esses tribunais se tornaram obrigatórios nos últimos tempos em diversos países da América Latina e Caribe, como resultado do avanço, nesses países, das legislações de prevenção à violência contra as mulheres.

As “Cortes Especializadas de Saúde Mental” são tribunais criminais de competência especializada, criados para ajudar o sistema de justiça a lidar com pessoas acusadas de terem cometido um crime que foram diagnosticadas com (ou para as quais haja forte suspeita de terem) problemas de saúde mental.

Esses tribunais operam de maneiras distintas em diversos países e são cada vez mais usados no Canadá e nos Estados Unidos como forma de reduzir o contato com o sistema de justiça criminal para indivíduos com graves condições de saúde mental.

O uso de câmeras de vigilância busca evitar crimes em locais públicos e privados, contribuindo para a dissuasão de práticas criminosas no local onde estes equipamentos estão instalados e auxiliando as polícias tanto na vigilância ostensiva quanto em eventuais investigações criminais futuras.

As câmeras de corpo (ou "câmeras corporais") são pequenos aparatos de registro audiovisual, acopladas no uniforme dos policiais, a fim de gravar ou transmitir as imagens em tempo real às centrais de monitoramento.

A utilização desta ferramenta busca melhorar a relação entre a polícia e os cidadãos, reduzir o uso abusivo da força, proteger aos policiais contra denúncias falsas, produzir provas criminais de melhor qualidade e aperfeiçoar o treinamento, já que possibilita o acompanhamento da execução operacional em campo.

A intervenção consiste em manter as escolas abertas além do horário escolar, incluindo finais de semana, com o objetivo de facilitar o acesso de crianças e adolescentes a atividades que complementem o currículo escolar e que contribuam para o seu desenvolvimento saudável e integral. Estas ações podem ser desenvolvidas dentro das próprias unidades escolares ou em centros comunitários, e podem incluir atividades de reforço pedagógico, recreação, esporte, oficinas de educação socioemocional, mentoria, entre outras.

A vigilância entre vizinhos (também conhecida como "vigilância comunitária") é uma estratégia desenvolvida pela polícia e/ou pelos moradores de um determinado território. O objetivo é fortalecer a construção de vínculos entre os moradores e a polícia, por meio da troca de informações sobre atividades suspeitas na vizinhança, repassando-as com maior rapidez possível à polícia.

O papel do urbanismo e da arquitetura na construção de ambientes agradáveis, que estimulem a convivência e a sensação de segurança, desenvolveu-se como uma área de prevenção à violência.

Nas últimas décadas, diversos países aprovaram leis que restringem a comercialização e o porte de armas de fogo. Por exemplo, a Inglaterra aprovou leis restritivas em 1988 e 1997; o Canadá, em 1977, 1991 e 1995; a Austrália, em 1996, aprovou uma das legislações mais restritivas do mundo; além de reformas realizadas na Suíça, Nova Zelândia, Áustria, África do Sul e no próprio Brasil, onde, em 2003, foi aprovado o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/2003).